Um pano negro, trépido,
enxugava as lágrimas
do rosto engolido
pela razão.

As ondas da obsessão
sempre agitaram
os teus fantasmas,
quais bolas de sabão

que sobrevoavam
a transparência dos dias.

Desintegravas-te,
aflita, do esqueleto…
Mais uma das vítimas
dos olhares da imaginação!

Furtaram-te, logo a ti,
os frutos rubros do rosto!

Beatriz Meireles