Creio no soalheiro horizonte, vinha
que transporta nostalgia.
Colhem as uvas, as mulheres da
aldeia,
tocam as parras de verde
para anunciarem a vindima.
Convida-o para a mesa vazia,
deixa que prove o teu vinho.
É a alma que transparece
vagamente
no copo de vidro luzidio.
Confessa-te, o sabor permanece
idêntico.
É a alma que verte sangue,
espesso,
na toalha rutilante de linho.
Clareia os olhos de pura alegria!
Beatriz Meireles
Parada de Todeia, setembro de 2024